Desde 2023, agricultores de Itaju, no interior de São Paulo, têm enfrentado sérias dificuldades com o cultivo de amendoim devido à falta de chuvas, que afetou o clima em várias regiões do país. O atraso no plantio, que normalmente começa em setembro, foi de aproximadamente 30 dias, já que os produtores ainda estão preparando as terras para o cultivo. A seca prejudicou o planejamento das lavouras e a produção de amendoim, uma cultura que, além de ser cultivada para consumo, é importante para a rotação de culturas, especialmente em áreas de reforma de canaviais.
A situação tem gerado impactos em várias áreas da cadeia produtiva. Indústrias de óleo, como a de Ilton Toshio Nomura, que atuam no processamento do amendoim, podem ter suas operações comprometidas em até dois meses devido à escassez de matéria-prima. Por outro lado, Nomura, que também desenvolve sementes certificadas da planta, conseguiu vender uma média de 600 toneladas para produtores em todo o Brasil, minimizando parte dos impactos da crise local.
Apesar das adversidades, há uma perspectiva de que a safra de amendoim em Itaju possa ter um ciclo mais favorável nos próximos meses, com uma área cultivada estimada entre 25% e 30% da região. A resiliência dos agricultores e as melhorias no planejamento podem ajudar a superar os desafios impostos pela seca, gerando um ambiente de otimismo no campo, apesar das dificuldades enfrentadas.