A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou que está monitorando a qualidade da água no Rio Tocantins após o desabamento da ponte Juscelino Kubitschek, que conecta os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). A preocupação surge devido à possibilidade de que alguns caminhões que caíram no rio transportavam pesticidas e compostos químicos, o que pode ter impactado a água. A ANA, em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, está realizando análises para identificar a presença desses produtos no trecho a jusante (rio abaixo) do acidente.
Além do monitoramento da água, a agência também está coletando amostras para examinar a possível contaminação por pesticidas, com foco nos princípios ativos das substâncias que podem ter se dispersado no rio. A investigação é ainda mais urgente considerando o uso do Rio Tocantins para abastecimento de água em diversas cidades da região. A área afetada é conhecida pela sua relevância na geração de energia e na navegação. A situação continua sendo acompanhada por uma sala de crise, que reúne diversos órgãos, incluindo o Ibama e o Ministério da Saúde, para avaliar os impactos ambientais e de saúde.
A tragédia, que já resultou na morte de quatro pessoas e no desaparecimento de outras 13, também envolve investigações sobre a causa do colapso da ponte. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) está no local avaliando a situação, mas a primeira análise indica que o vão central da ponte cedeu. No próximo dia 26, será realizada uma reunião para discutir as implicações do acidente para o uso da água e a reconstrução da ponte.