Entre janeiro e outubro de 2024, Mato Grosso registrou 109 casos de afogamentos, com 107 mortes e apenas duas sobreviventes, segundo dados do Corpo de Bombeiros e da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec). Cuiabá, Sorriso e Sinop foram os municípios com maior número de incidentes, com destaque para a capital, que lidera a estatística. O aumento nos casos de afogamentos é atribuído, principalmente, à falta de conscientização sobre as normas de segurança em ambientes de lazer, como rios e cachoeiras, além de comportamentos de risco, como o consumo de bebidas alcoólicas e a imprudência em águas com correntezas.
O tenente-coronel Rafael Ribeiro Marcondes explicou que muitos afogamentos acontecem em locais privados, como chácaras e açudes, que são mais difíceis de monitorar, dificultando a aplicação de medidas preventivas. Em locais públicos, a presença do Corpo de Bombeiros e a sinalização ajudam a reduzir os riscos, mas ainda assim, muitos acidentes ocorrem pela negligência, como travessias perigosas ou brincadeiras arriscadas. Além disso, o número de afogamentos foi ainda maior em áreas sem fiscalização constante, como durante eventos festivos ou em regiões de maior aglomeração.
Em resposta a esse cenário, o Corpo de Bombeiros tem enfatizado a importância de cuidados preventivos, como evitar o consumo de álcool durante atividades aquáticas e manter a vigilância constante, especialmente com crianças. A conscientização sobre os riscos e o respeito aos limites de segurança em ambientes de banho são fundamentais para reduzir o número de vítimas. Além disso, é recomendado conhecer as condições do local e obedecer à sinalização em áreas monitoradas, além de garantir a supervisão em piscinas e outros espaços com risco de afogamento.