Em depoimento à Polícia Federal, o tenente-coronel Mauro Cid detalhou suas envolvimentos em investigações sobre um plano alegado de atentado, mencionando que seu advogado, Cezar Bittencourt, havia se confundido ao afirmar que o ex-presidente Jair Bolsonaro sabia de um plano para matar autoridades. Inicialmente, o advogado disse que Bolsonaro estava ciente de um plano de execução, mas depois esclareceu que se referia apenas a discussões sobre uma minuta relacionada ao golpe. Segundo Cid, o ex-presidente tinha conhecimento do conteúdo da minuta, mas ele próprio negou saber de qualquer plano de execução violento.
A Polícia Federal já havia encontrado evidências nos dispositivos de Cid que indicavam que Bolsonaro estava envolvido na elaboração e ajustes da minuta do golpe. Cid confirmou, em depoimento, que as discussões sobre a minuta estavam restritas a um pequeno grupo, sem relação com ações de execução física contra figuras públicas. A investigação foi conduzida com o objetivo de entender as conexões e responsabilidades em torno da criação e disseminação dessa minuta, que visava a reestruturação do governo após a eleição.
O caso segue em investigação, e o ex-militar já foi ouvido diversas vezes sobre o envolvimento de autoridades durante a gestão anterior. O esclarecimento do advogado de Cid e a distinção entre um plano de golpe e as ações específicas ainda são analisados pela Justiça, que busca esclarecer os detalhes das discussões internas e suas implicações legais e políticas.