A advogada investigada por desviar valores de clientes foi localizada por forças de segurança na divisa entre os estados de Goiás e Tocantins. Ela era procurada desde março de 2024, quando foi inicialmente presa, mas havia sido liberada após decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que concedeu medidas alternativas à prisão. Ao ser abordada pela polícia, a profissional apresentou essa decisão, o que resultou em sua liberação, embora tenha sido imposta a ela uma série de restrições, como a proibição de manter contato com as vítimas e testemunhas e a suspensão de sua atividade profissional.
As investigações apontam que a advogada teria desviado cerca de R$ 700 mil de clientes desde 2017, utilizando falsificação de guias de pagamento e procurações para se apropriar de valores destinados aos clientes. Um dos casos mais significativos envolveu o desvio de R$ 185 mil de uma cliente que buscava assumir um cargo público, com a profissional emitindo guias falsas para a cobrança de taxas judiciais que deveriam ser repassadas ao poder público, mas que foram depositadas em sua conta pessoal.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) já havia suspendido o registro da advogada, impedindo-a de exercer a profissão, e a Polícia Civil instaurou 21 inquéritos contra ela. Desses, 17 foram concluídos e enviados ao Ministério Público e ao Judiciário. O caso é investigado como estelionato e fraude documental, e a suspeita de apropriação indébita segue sendo apurada em diversas ações judiciais em andamento.