A Advocacia Geral da União (AGU) solicitou ao Banco Central informações sobre a cotação incorreta do dólar exibida pelo Google no dia 25 de dezembro, após o buscador divulgar um valor de R$ 6,35 para a moeda americana, mesmo com os mercados fechados devido ao feriado de Natal. O valor apresentado estava acima das cotações reais, já que não houve transações no dia 24, véspera de Natal, e o contrato de dólar mais líquido fechou em R$ 6,2050 no dia anterior. A AGU busca reunir informações para avaliar possíveis ações legais contra a plataforma, que já teve falhas semelhantes no passado.
O Google justificou o erro, informando que as cotações exibidas vêm de provedores terceirizados de dados financeiros, como a Morningstar, que fornece informações sobre investimentos. A empresa afirmou estar trabalhando para garantir a precisão e solucionar o problema. Apesar da resposta da companhia, a AGU e o Banco Central devem colaborar para esclarecer o ocorrido e garantir que a informação correta seja disponibilizada ao público, uma vez que o episódio gerou preocupações devido à data e à falta de negociações no mercado financeiro.
O mercado cambial brasileiro tem experimentado uma grande volatilidade, com saídas significativas de recursos nos últimos meses, o que tem exigido intervenções do Banco Central para prover liquidez. Além disso, o BC tem registrado recordes nas remessas de dólares no fim de ano, o que aumenta a preocupação com a estabilidade da moeda e a precisão das informações financeiras. A AGU e o BC continuam monitorando a situação, com a expectativa de que a troca de dados entre os órgãos seja feita de forma institucional.