Em agosto, Kawan, de 12 anos, conquistou um importante marco em sua vida ao receber oficialmente o sobrenome de seus pais adotivos, Regiane e Anderson Meira. Apesar da formalidade legal, para Regiane, a adoção foi algo que já se concretizava no coração da família desde o momento em que conheceu Kawan. O menino passou anos em um abrigo em Ribeirão Preto antes de ser acolhido, e desde então, a família se considera completa. O casal, que sempre teve o desejo de adotar uma criança mais velha, relata que a decisão de adotar Kawan trouxe desafios, mas também estreitou os laços familiares e proporcionou um vínculo de amor profundo.
A adoção tardia, especialmente de crianças com 10, 11 ou 12 anos, é uma escolha que vem ganhando destaque em Ribeirão Preto. Em média, 15 crianças são encaminhadas para adoção a cada ano na cidade, enquanto 208 pessoas aguardam na fila para adotar, principalmente bebês. A preferência por crianças mais novas faz com que o tempo de espera seja longo, podendo chegar a até seis anos, conforme explica o juiz Paulo César Gentile. Ele destaca que a decisão de adotar exige compromisso, pois uma vez feita a adoção, ela é permanente e não comporta arrependimentos.
O casal Meira não esconde a felicidade e está se preparando para ampliar ainda mais a família por meio de outra adoção tardia. Regiane e Anderson acreditam que cada um contribui para ajudar o outro nos desafios da vida, fortalecendo ainda mais os laços familiares. Essa experiência de adoção transformou a vida de Kawan, que, agora, pode compartilhar com os pais suas memórias e sonhos, enquanto a família se prepara para a chegada de um novo membro, reafirmando o compromisso com a adoção e o amor incondicional.