A confirmação oficial do acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia deve ocorrer nesta sexta-feira (6), durante uma cúpula em Montevidéu, no Uruguai. Todos os países do Mercosul já se manifestaram favoravelmente ao acordo, segundo o chanceler uruguaio, Omar Paganini. Ursula Von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, também indicou que a conclusão do acordo está próxima e ressaltou a criação de um mercado conjunto de 700 milhões de pessoas, destacando os benefícios para ambas as regiões.
Apesar do otimismo sobre o impacto positivo do acordo, algumas críticas surgem, especialmente da França. O presidente Emmanuel Macron expressou insatisfação com o estado atual do acordo, considerando-o inaceitável, principalmente em relação às questões de soberania agrícola. Macron afirmou que a França continuará a defender seus interesses nesse setor, o que pode representar um obstáculo para a aprovação final do tratado.
A presença de Von der Leyen em Montevidéu e o anúncio iminente do acordo demonstram o avanço das negociações, mas as divergências internas na União Europeia, como a postura da França, podem ainda influenciar o desfecho. O acordo promete ser a maior parceria comercial e de investimentos entre os dois blocos, o que tem gerado grande expectativa, mas também desafios nas negociações internas e externas.