O acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia, após mais de 20 anos de negociações, gerou reações mistas entre os países europeus. Enquanto na Alemanha e na Espanha o término das negociações foi celebrado como uma vitória para o crescimento e a competitividade, na França e na Polônia o consenso foi de oposição. O governo francês, pressionado pelos agricultores, reafirmou que continuará a lutar contra a aprovação do acordo, mesmo que ainda faltem passos cruciais, como a ratificação pelo Parlamento Europeu e pelos estados membros da UE.
A França, junto com a Polônia, se posicionou firmemente contra a parceria, alegando que os interesses dos agricultores seriam prejudicados. A Itália também expressou reservas, com preocupações similares sobre os impactos para seu setor agrícola, embora ainda não tenha uma posição oficial definitiva. Para que o acordo seja barrado, é necessário que países que representem 35% ou mais da população europeia se oponham, o que coloca a França e a Polônia como atores-chave na disputa.
Por outro lado, a Comissão Europeia e vários outros países, como Portugal e Suécia, elogiaram o acordo, destacando seu potencial para impulsionar o comércio e fortalecer as relações econômicas entre os dois blocos. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, destacou que o acordo não é apenas uma oportunidade econômica, mas também uma necessidade política, visando reforçar as parcerias democráticas e aumentar a competitividade global. O governo sueco, por exemplo, acredita que o acordo proporcionará grandes oportunidades para as empresas suecas e o acesso a recursos vitais.