A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) comemorou a conclusão do acordo entre o Mercosul e a União Europeia (UE), destacando que o pacto fortalecerá as relações comerciais e criará novas oportunidades econômicas. O acordo, assinado no dia 6 de dezembro, estabelece uma das maiores áreas de integração econômica do mundo, com um mercado de mais de 750 milhões de consumidores e representando 17% da economia global e 30% das exportações mundiais de bens. Além disso, o presidente da CNC, José Roberto Tadros, ressaltou que o acordo alinha-se ao compromisso com o desenvolvimento sustentável, promovendo o crescimento econômico com responsabilidade ambiental.
A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) também avaliou positivamente o acordo, que pode reverter a tendência de queda da participação da União Europeia nas exportações brasileiras. Entre 2003 e 2023, essa participação caiu de 23% para 13,6%, devido ao crescimento das exportações para o Leste Asiático, especialmente para a China. O presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, afirmou que o acordo abre novas oportunidades de diversificação e valorização dos produtos brasileiros, destacando setores como café, suco de laranja e móveis de madeira, com mais de 1.800 oportunidades identificadas para curto prazo.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) também se manifestou, destacando que o acordo favorecerá a diversificação das exportações industriais do Brasil e fortalecerá sua competitividade global. Embora as negociações tenham sido concluídas, o acordo ainda precisa ser revisado juridicamente e aprovado internamente por cada país membro. Não há prazo definido para a finalização do processo, mas o pacto é considerado um marco estratégico após 25 anos de negociações. O anúncio foi feito em Montevidéu, durante a 65ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul, com a expectativa de que o acordo traga benefícios significativos para a economia dos países envolvidos.