O governo brasileiro comemorou o fechamento do acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia (UE), destacando os benefícios para setores chave da economia. Autoridades como o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, ressaltaram a importância histórica do pacto, que visa aprofundar a cooperação entre os blocos em um cenário global marcado por tensões geopolíticas. Alckmin afirmou que, com a implementação do acordo, as exportações brasileiras para a União Europeia poderão crescer significativamente, com destaque para aumentos de 6,7% na agricultura, 14,8% nos serviços e 26,6% na indústria de transformação.
O agronegócio brasileiro é apontado como um dos principais beneficiados do pacto, com a eliminação de tarifas sobre produtos como frutas, café e etanol, além de cotas favoráveis para carne bovina, carne de frango e açúcar. O ministro Fávaro destacou que a liberdade comercial proporcionada pelo acordo abrirá novas oportunidades para o Brasil acessar um mercado estratégico e fortalecerá a posição do país no comércio internacional. Além disso, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, enfatizou que o acordo representa um avanço além do comércio, simbolizando a integração e cooperação entre as duas regiões em um momento global de polarização.
Com a formalização do acordo, o próximo passo será sua aprovação nos parlamentos dos países membros do Mercosul e da União Europeia, um processo que pode levar alguns anos. Especialistas observam que, apesar dos desafios políticos, o pacto reforça o protagonismo do Brasil no cenário global e abre perspectivas para o crescimento econômico, geração de empregos e maior integração entre a América do Sul e a Europa. O governo e o setor produtivo aguardam os resultados positivos desse marco histórico para o comércio internacional.