O acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia pode resultar na mudança de nomes de diversos produtos alimentícios no Brasil nos próximos anos. O documento, ainda não finalizado, prevê a proteção de nomes registrados como indicações geográficas, o que afetaria produtos como queijos, presuntos e bebidas. Entre os produtos mencionados, estão queijos populares como brie, roquefort, gouda e parmesão, que passariam a ser restritos para produção apenas nas regiões de origem.
Essa mudança implicaria em uma proibição do uso desses nomes por produtores fora das áreas protegidas, incluindo traduções ou expressões como “tipo” ou “estilo”. Por exemplo, o uso do nome “parmesão” seria vetado para queijos produzidos fora da região italiana de Parmigiano Reggiano. O objetivo é evitar confusão entre os consumidores e proteger a autenticidade dos produtos.
A lista final de nomes protegidos ainda não foi divulgada, mas o acordo inclui outros produtos emblemáticos como o presunto de Parma, a mortadela Bologna e bebidas como o conhaque e o vinho do Porto. Espera-se que um período de transição de 5 a 10 anos seja adotado para a adaptação dos produtores no Mercosul. Contudo, ainda não há detalhes sobre quais novos nomes serão adotados para esses produtos após a transição.