O acordo de livre comércio firmado entre o Mercosul e a União Europeia foi celebrado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que o considera um marco estratégico para enfrentar mudanças comerciais e geopolíticas. O tratado une dois dos maiores blocos econômicos globais, abrangendo um mercado de 700 milhões de consumidores e um PIB combinado superior a US$ 20 trilhões. Segundo a Fiesp, o acordo demonstra o compromisso com práticas sustentáveis, reconhecendo os avanços do setor produtivo brasileiro em questões ambientais.
Além de consolidar o diálogo entre os blocos, o acordo prevê mecanismos para proteger os países do Mercosul de legislações europeias como a Lei Antidesmatamento, que restringe a importação de produtos originados de áreas desmatadas após 2020. A indústria brasileira acredita que o tratado facilitará o fluxo de bens e serviços em bases justas, promovendo competitividade e superando barreiras comerciais. O Brasil, que representou mais de 80% do comércio entre os blocos em 2023, é visto como peça-chave na implementação do tratado.
A Fiesp reforça seu compromisso em aproveitar as reduções tarifárias para impulsionar os setores produtivos nacionais e elevar a competitividade global. A conclusão do acordo representa um avanço significativo na integração econômica internacional, contrapondo a tendência ao protecionismo e abrindo novas perspectivas para o comércio sustentável e equilibrado entre Mercosul e União Europeia.