O acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia visa criar um mercado mais integrado entre as duas regiões, com destaque para o setor agropecuário brasileiro. A Europa, conhecida pela qualificação de seu mercado e exigência do consumidor, representa uma vitrine importante para os produtos brasileiros, mas o maior foco do agronegócio nacional está na Ásia. Em 2023, a China foi responsável por uma parcela significativa das exportações, com destaque para a soja, onde 86,5% das vendas foram direcionadas ao país asiático.
Embora o mercado europeu tenha perdido importância ao longo dos anos — passando de 50% das exportações brasileiras em 2000 para 15% atualmente —, especialistas ressaltam a importância da integração das cadeias produtivas e do valor agregado. No setor agropecuário, a Europa tem muito a oferecer, principalmente no que diz respeito à produção de produtos de valor agregado, com exemplos positivos vindos de países como a França. Essa troca pode ser benéfica para o Brasil, que busca fortalecer sua competitividade global.
A análise também destaca que, além da China, outros mercados asiáticos como Japão, Coréia do Sul e países do Sudeste Asiático estão no radar do Brasil, que busca ampliar o acesso a esses consumidores. Apesar da redução da participação europeia, a assinatura do acordo Mercosul-UE deve facilitar a maior integração e o acesso a novos mercados, o que trará benefícios tanto para o Brasil quanto para seus parceiros comerciais no longo prazo.