O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Pedro Lupion, avaliou positivamente o acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia, assinado em Montevidéu. Segundo ele, o tratado representa uma valorização da qualidade da produção agropecuária brasileira, destacando as negociações vantajosas, como a ampliação de cotas para exportação de carne e outros produtos. O acordo também prevê a desoneração de tarifas para mais de 90% dos produtos, o que inclui frutas, um dos destaques da produção brasileira.
Apesar dos benefícios, Lupion alertou para os desafios que podem dificultar a implementação do acordo, especialmente o protecionismo europeu. A criação de um mecanismo de reequilíbrio de concessões foi uma medida adotada para mitigar os efeitos de políticas protecionistas da União Europeia, mas o presidente da FPA ressaltou que o tema ainda precisa ser cuidadosamente monitorado. Ele frisou que o sucesso do tratado depende da superação dessas barreiras comerciais.
A ratificação do acordo pelos parlamentos dos países envolvidos é outro ponto crítico. Lupion mencionou que já houve resistência por parte de algumas nações da União Europeia, como França, Polônia e Itália, que enfrentam protestos de seus produtores rurais, preocupados com a concorrência de produtos brasileiros no mercado europeu. Para o presidente da FPA, a aprovação do tratado nos parlamentos é essencial para garantir que o Brasil aproveite as oportunidades que o acordo oferece para o setor agropecuário.