As ações europeias fecharam em queda nesta sexta-feira, com os investidores buscando mais clareza sobre a direção da flexibilização monetária na zona do euro no próximo ano, enquanto a preocupação com a desaceleração do crescimento econômico e a possibilidade de uma guerra comercial se intensificam. O índice pan-europeu STOXX 600 teve uma queda de 0,53%, fechando a 516,45 pontos, o menor nível em mais de uma semana, acumulando uma perda de aproximadamente 0,8% na semana.
O mercado europeu esteve volátil durante a semana, influenciado por uma série de fatores, como os estímulos econômicos da China, dados de inflação dos Estados Unidos e da zona do euro, e o quarto corte de juros do Banco Central Europeu (BCE) neste ano. A expectativa de mais cortes de juros pelo BCE até o final de 2024 tem movimentado os mercados, com analistas sugerindo que o próximo corte pode ser de 50 pontos-base, embora a possibilidade de cortes mais agressivos ou em janeiro não esteja descartada. Essas incertezas refletem um cenário econômico global em que a política monetária e o crescimento econômico seguem como fatores chave para a definição das tendências no mercado.
Em termos setoriais, as ações de saúde apresentaram os maiores declínios, com destaque para a queda de 3,9% da Novo Nordisk, afetada pela concorrência no mercado de medicamentos para obesidade. Por outro lado, o setor de seguros se destacou positivamente, com a Munich Re subindo 5,5% após divulgar metas de lucro otimistas para o próximo ano. Os índices das principais bolsas europeias também registraram leves quedas, com exceção de Milão, que teve um pequeno avanço de 0,09%.