As ações europeias encerraram a segunda-feira em queda, refletindo a pressão sobre os setores de luxo e energia, após dados econômicos desapontadores da China. O índice STOXX 600, referência da região, caiu 0,12%, com destaque para o setor automotivo, que teve a maior desvalorização percentual, de 2,8%. As empresas de luxo, como a LVMH, sofreram perdas superiores a 1%, impactadas pela desaceleração no crescimento das vendas no varejo da China. No setor de energia, os preços mais baixos do petróleo afetaram negativamente as ações, que caíram 1%.
O índice CAC 40 da França foi o mais afetado entre os principais índices europeus, com uma queda de 0,71% após o rebaixamento da nota de crédito do país pela agência Moody’s, de Aa2 para Aa3. O anúncio ocorreu no mesmo dia em que o presidente francês nomeou um novo primeiro-ministro, intensificando as incertezas políticas e econômicas no país. Esse cenário, combinado com a instabilidade global e a desaceleração econômica, afetou negativamente a confiança dos investidores.
Enquanto isso, outros índices europeus apresentaram resultados mistos. O mercado de ações em Londres, Frankfurt e Milão registrou quedas, enquanto os índices de Madrid e Lisboa mostraram leve recuperação. No campo econômico, as declarações do Banco Central Europeu indicam que novas reduções nas taxas de juros podem ocorrer se a inflação continuar a se aproximar da meta de 2%. No entanto, a confiança na recuperação cíclica do bloco parece estar em desacordo com as expectativas mais conservadoras de analistas econômicos.