O índice pan-europeu STOXX 600 registrou sua segunda queda semanal consecutiva, fechando em baixa de 0,88%, a 502,19 pontos, após uma queda de quase 2% durante a semana. O resultado foi impactado principalmente pela queda no setor de saúde, com a farmacêutica Novo Nordisk sofrendo uma desvalorização de 20,8% devido a dados desapontadores sobre seu medicamento experimental para obesidade. Esse declínio resultou na perda de até 125 bilhões de dólares em valor de mercado da companhia, o que também afetou negativamente o índice dinamarquês, que teve a maior queda, de 13,2%, desde agosto de 2023.
Apesar da queda no setor de saúde, o setor imobiliário teve um desempenho positivo, registrando alta de 1,4%. As bolsas europeias sofreram perdas generalizadas, com o índice britânico FTSE 100 recuando 0,26%, o índice DAX de Frankfurt caindo 0,43%, e o CAC-40 de Paris perdendo 0,27%. No entanto, o mercado de Madrid teve um leve aumento de 0,24%, enquanto o PSI 20 de Lisboa desvalorizou-se 0,23%.
O clima de incerteza nos mercados também foi intensificado por declarações de autoridades norte-americanas sobre relações comerciais, em particular sobre a recomendação de comprar petróleo e gás dos Estados Unidos para equilibrar a balança comercial com a União Europeia. Analistas destacaram que esse tipo de abordagem não é novidade e era esperado, dado o histórico das declarações. Apesar dos desafios, o STOXX 600 ainda acumula uma alta de quase 6% no ano, embora tenha ficado atrás do desempenho do índice S&P 500 dos Estados Unidos, que subiu 25% no mesmo período.