As ações europeias fecharam em baixa nesta segunda-feira (16), influenciadas pela queda de grandes setores como o de luxo e energia, após a divulgação de dados econômicos decepcionantes da China. O índice pan-europeu STOXX 600 registrou uma queda de 0,12%, com destaque para o recuo de 2,8% no setor automotivo, que foi o mais afetado. Empresas de luxo, como a LVMH, sofreram perdas superiores a 1%, devido à desaceleração das vendas no varejo chinês. Já o setor de energia, impactado pelos preços mais baixos do petróleo, teve uma queda de 1%.
O índice CAC 40, da França, apresentou o pior desempenho entre os principais mercados europeus, com uma perda de 0,71% após a agência Moody’s rebaixar a recomendação de crédito do país. O rebaixamento ocorreu logo após o presidente francês anunciar a nomeação de François Bayrou como seu quarto primeiro-ministro do ano. O movimento foi interpretado como um sinal de alerta sobre a saúde financeira do país, embora o governo tenha tentado tranquilizar os mercados.
No cenário econômico global, a situação da zona do euro continua a gerar incertezas. Economistas destacam que o Banco Central Europeu pode adotar mais cortes nas taxas de juros caso a inflação se aproxime de sua meta de 2% até 2025. Ao mesmo tempo, há preocupações com o crescimento da dívida pública e seus impactos na economia, o que tem pressionado ainda mais o ambiente de negócios na região. Apesar disso, o índice PSI 20, de Lisboa, e o Ibex-35, de Madri, conseguiram registrar pequenas altas, impulsionados por setores mais resilientes.