Bashar al-Assad, presidente da Síria desde 2000, foi deposto após um avanço rápido de rebeldes em Damasco, o que pôs fim a mais de 50 anos de domínio da família Assad. Inicialmente visto como um governante com potencial para reformas, ele acabou sendo responsável por uma repressão violenta contra opositores, culminando em uma guerra civil devastadora. Durante o conflito, Assad foi acusado de crimes graves, incluindo o uso de armas químicas contra civis, e manteve-se no poder graças ao apoio decisivo de aliados como Rússia e Irã.
O regime de Assad, que começara com promessas de liberalização política, logo se tornou autoritário e repressivo, especialmente após o início da Primavera Árabe em 2011. Em resposta aos protestos, o governo de Assad utilizou força militar intensa, o que agravou o conflito e gerou um cenário de guerra civil prolongada. O envolvimento de grupos extremistas, como o Estado Islâmico e outros insurgentes, contribuiu ainda mais para a fragmentação do país. Ao longo dos anos, a Síria foi devastada, com centenas de milhares de mortes e milhões de deslocados internos e externos.
Nos últimos anos de seu governo, a Síria estava dividida e enfraquecida. Embora tenha mantido o controle sobre Damasco e algumas áreas estratégicas, Assad perdeu território significativo para grupos rebeldes, incluindo facções extremistas. Sua tentativa de reverter a situação por meio de negociações diplomáticas falhou, enquanto o apoio iraniano e do Hezbollah, que antes era crucial, foi severamente prejudicado por ataques externos. O colapso de seu regime representa não apenas o fim de um período de dominação dinástica, mas também um golpe significativo para a influência de Teerã no Oriente Médio.