Idlib, uma província no noroeste da Síria, tem experimentado um desenvolvimento considerável desde que o grupo islâmico Hayat Tahrir al-Sham (HTS) assumiu o controle da região em 2017. Durante a guerra civil, a cidade foi marcada por destruição e abandono, mas nos últimos anos houve melhorias, como ruas mais limpas, serviços públicos funcionais e comércio ativo. No entanto, essas mudanças também vêm com desafios, incluindo um governo rígido e controvérsias sobre sua abordagem autoritária e a cobrança de impostos, que geram insatisfações locais.
Embora o HTS, anteriormente vinculado à Al-Qaeda, tente se reposicionar como uma força nacionalista e pragmática, buscando estabilidade e uma Síria para todos os sírios, a percepção sobre seu governo continua ambígua. Embora algumas liberdades sejam permitidas e certos comportamentos repressivos tenham sido suavizados, como restrições sobre vestimentas e música, críticos apontam que o grupo ainda mantém práticas autoritárias. A cidade, que antes era negligenciada pelo regime de Bashar al-Assad, agora desfruta de um nível de governança que, embora distante de uma democracia, é mais eficiente em algumas áreas, como segurança e infraestrutura.
No entanto, o futuro da Síria como um todo permanece incerto. Em outras partes do país, como na comunidade cristã de Quniyah, há preocupações sobre a ascensão do islamismo radical e os riscos para minorias religiosas e étnicas. Embora as autoridades do HTS tenham assegurado a proteção de todos os grupos, as mudanças recentes nas políticas sociais e o histórico de repressão alimentam um ceticismo generalizado. Para muitos sírios, especialmente os que sofreram sob o regime de Assad, a queda do presidente abre novos horizontes, mas também gera temores sobre a potencial centralização de poder nas mãos de novos líderes autoritários.