O acompanhamento psicológico é essencial para pacientes que optam pela cirurgia bariátrica, sendo um processo que exige tanto preparação emocional quanto física. Especialistas destacam que, embora a perda de peso seja um benefício claro, o impacto psicológico pode ser significativo, afetando a autoimagem e a saúde mental. A psicóloga Rosilene Rocha, que passou pela cirurgia bariátrica, relata como a experiência de emagrecimento e mudanças físicas exigem cuidados emocionais antes, durante e depois do procedimento, especialmente em relação à expectativa de que a cirurgia resolverá todos os problemas de vida.
Além das transformações físicas, como a redução do estômago e a perda rápida de peso, os pacientes enfrentam desafios relacionados ao excesso de pele, que pode gerar inseguranças e afetar a autoestima. Mesmo com o emagrecimento, muitos pacientes não se reconhecem mais, o que pode resultar em depressão ou frustração, principalmente quando a pele não se retrai adequadamente. Cirurgias adicionais para remoção do excesso de pele, como a plástica abdominal ou nas mamas, podem ser necessárias, mas exigem paciência e tempo para recuperação.
A cirurgia bariátrica é indicada para pessoas com obesidade mórbida ou que apresentam doenças associadas ao sobrepeso, como hipertensão e diabetes. Profissionais da saúde enfatizam que, além da preparação física, é crucial uma avaliação psicológica rigorosa para garantir que os pacientes compreendam o que a cirurgia pode e não pode resolver. Para muitos, o apoio emocional contínuo é fundamental para manter os hábitos saudáveis adquiridos, especialmente quando o processo de emagrecimento é permanente e exige adaptação constante ao novo corpo e à nova vida.