A virada de ano em Copacabana, um dos maiores réveillons do mundo, tem suas raízes nas celebrações religiosas que ocorreram na década de 1960, com rituais de candomblé e umbanda realizados por grupos de devotos na praia. Nos anos seguintes, o evento cresceu, atraindo cada vez mais pessoas, e a queima de fogos passou a se tornar uma das principais atrações. Com o aumento do público, o réveillon de Copacabana se transformou em uma grande festa pública, com fogos de artifício sendo patrocinados por empresários locais e, eventualmente, pela prefeitura, que oficializou o evento nos anos 80.
Em 1993, a festa passou a contar com apresentações musicais, criando a chamada “Era de Shows”, quando a cidade organizou seu primeiro grande espetáculo pós-meia-noite, com artistas como Jorge Ben Jor e Tim Maia. Desde então, o réveillon de Copacabana se consolidou como um evento de grande porte, atraindo milhões de turistas e cariocas todos os anos. Um marco importante foi o show de Rod Stewart em 1994, que reuniu cerca de 3,5 milhões de pessoas, estabelecendo um recorde mundial para concertos gratuitos, registrado no Guinness Book.
Apesar dos sucessos, o evento também enfrentou tragédias, como o naufrágio do Bateau Mouche em 1988, que resultou em 55 mortes. Além disso, mudanças na segurança foram necessárias após acidentes com os fogos de artifício, o que levou à instalação de balsas no mar para o lançamento dos fogos. Nos últimos anos, o evento continuou a se reinventar, com a promessa de espetáculos ainda mais grandiosos, como os 35 mil disparos sincronizados com música no réveillon de 2025. Artistas de renome, como Diogo Nogueira, se destacaram nas edições mais recentes, mantendo a tradição de grandes apresentações musicais na praia.