A bandeira do Nepal é a única no mundo com formato não retangular ou quadrado, composta por dois triângulos sobrepostos. Cada triângulo é decorado com uma borda azul e símbolos de um sol e uma lua em branco, que representam, entre outras interpretações, a eternidade da nação e as montanhas do Himalaia. A cor vermelha, presente na bandeira, também pode simbolizar a flor nacional do Nepal, o rododendro, ou ainda a guerra e a bravura, de acordo com diferentes perspectivas. Apesar das várias teorias sobre o significado dos elementos, estudiosos do Nepal ainda não têm uma explicação definitiva sobre a origem e os símbolos exatos da bandeira.
A história da bandeira é marcada por versões antigas e uma evolução ao longo do tempo, com um dos primeiros registros vindo de esboços do médico e artista britânico Henry Ambrose Oldfield no século XIX. Além disso, em 1962, o rei Mahendra determinou que a bandeira fosse padronizada por meio de especificações matemáticas detalhadas, que ainda são seguidas na constituição do país. O formato da bandeira não é apenas um símbolo nacional, mas também um ponto de interesse para estudiosos de vexilologia, como os membros da North American Vexillological Association, que destacam a singularidade de sua geometria.
Além de seu valor cultural e histórico, a bandeira do Nepal apresenta desafios práticos em eventos internacionais. Por exemplo, as Olimpíadas exigem que as bandeiras sejam exibidas em proporções específicas de 2×3, o que torna a bandeira nepalesa uma exceção. Embora tenha sido tentado adaptar a bandeira a um formato retangular para esses eventos, o Comitê Olímpico Internacional manteve sua forma original, reforçando o caráter único da bandeira do Nepal no cenário global.