O ano de 2024 se destacou como o mais quente dos últimos milênios, com temperaturas médias diárias superando os 15°C, o que representa um novo recorde global. A concentração de dióxido de carbono na atmosfera também atingiu níveis alarmantes, com 422 partes por milhão, um aumento significativo em comparação com 1750. Esse cenário reflete o impacto contínuo do uso de combustíveis fósseis, que contribui para a elevação das temperaturas e o agravamento da crise climática.
Em decorrência desse aquecimento global, desastres climáticos, como incêndios florestais, inundações e ciclones tropicais, tornaram-se mais frequentes e intensos. Em 2024, cerca de 3,7 mil pessoas perderam a vida e milhões foram deslocadas devido a eventos climáticos extremos. Um relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM) indicou que 26 dos 29 desastres analisados foram intensificados pela mudança climática, sublinhando a urgência de uma ação global coordenada para enfrentar a crise.
Embora a transição para fontes de energia renováveis esteja em andamento, o progresso tem sido lento, especialmente em países em desenvolvimento, onde a demanda por carvão continua a crescer. A próxima cúpula climática, que ocorrerá no Brasil em novembro de 2025, será um momento crucial para os países apresentarem novos planos de redução de emissões. Esse encontro pode determinar se será possível evitar um aumento catastrófico das temperaturas globais, com consequências devastadoras para o planeta e suas populações.