Em 2024, o Brasil enfrenta uma epidemia sem precedentes de dengue, com mais de 6,6 milhões de casos prováveis até meados de dezembro. São Paulo, o estado mais afetado, superou o recorde histórico de casos, registrando 2,16 milhões de notificações, ultrapassando a marca de 745 mil de 2015. Cerca de 2,12 milhões desses casos foram confirmados. Especialistas apontam que, além das condições climáticas, como temperaturas elevadas e chuvas irregulares, a circulação simultânea dos quatro sorotipos do vírus contribui para a explosão de casos.
A epidemia tem levado a um número alarmante de mortes, com 5,9 mil óbitos confirmados no Brasil e 2.005 no estado de São Paulo, além de centenas de mortes em investigação. Embora a dengue não tenha tratamento específico, a identificação precoce dos sinais de alerta e a hidratação adequada podem prevenir a evolução para formas graves da doença. A falta de medidas de controle eficazes e a resistência do mosquito Aedes aegypti são fatores que dificultam a contenção da doença.
Especialistas acreditam que o controle da dengue depende de uma combinação de ações, incluindo a conscientização da população sobre a eliminação de criadouros do mosquito e o uso de inseticidas. No entanto, a eficácia dessas medidas tem sido limitada ao longo dos anos. Com a circulação de todos os sorotipos, a situação continua a ser monitorada, e os números podem ser revisados à medida que novos dados se tornem disponíveis.