Em 2024, o cenário econômico brasileiro se mostrou diferente das previsões iniciais, com a taxa de juros Selic se mantendo elevada em 12,25%, em vez da esperada redução para 9%. A economia sofreu com um novo aperto monetário no segundo semestre, afetando tanto investidores conservadores quanto mais arriscados. A rentabilidade de títulos públicos teve uma queda expressiva, chegando a -18%, enquanto o Ibovespa recuou mais de 9%. No entanto, algumas classes de ativos se destacaram positivamente, mesmo com as incertezas no cenário macroeconômico.
Entre os destaques do ano, as criptomoedas, em especial o Bitcoin, continuaram a atrair investidores, com uma valorização de 111% em 12 meses, impulsionada pela aprovação de ETFs nos EUA e o quarto halving da moeda. As memecoins, como a Dogecoin, também tiveram grande valorização, evidenciando o crescimento do mercado cripto. No Brasil, as ações da Embraer se destacaram com uma alta de 151%, enquanto empresas como Marfrig, BRF e Petrobras apresentaram boas rentabilidades e distribuição de dividendos, proporcionando bons retornos para os investidores locais.
No mercado internacional, o S&P 500 registrou uma alta de mais de 24%, impulsionada por ações de empresas como Vistra e Palantir, refletindo um bom desempenho geral, com destaque também para a valorização do dólar, que gerou um retorno de 27,5%. A renda fixa, apesar de um desempenho tímido nos primeiros meses do ano, também apresentou oportunidades, especialmente em títulos atrelados à inflação, que beneficiaram investidores que souberam aproveitar a queda da curva de juros e realizar vendas antecipadas. O ano de 2024 foi marcado por uma volatilidade significativa, mas também por oportunidades em diferentes setores, desde criptomoedas até ações e renda fixa.