Santa Rosa, no noroeste do Rio Grande do Sul, é considerada o berço da soja no Brasil, sendo o local onde agricultores iniciaram o cultivo do grão há 100 anos. A soja foi trazida para o país por um pastor americano, avô de Walter Lehenbauer, que incentivou o uso da planta para alimentar animais, como porcos e vacas, ajudando no aumento da produção e, consequentemente, nas vendas de carne e leite. Hoje, o Brasil é o maior produtor mundial de soja, e a Feira Nacional da Soja (Fenasoja) celebra essa trajetória, destacando as inovações e a importância do agronegócio para a economia nacional.
O grão de soja tem múltiplas aplicações industriais, desde a produção de margarinas e tintas até o uso em biocombustíveis, como o biodiesel, que reduz em até 70% a emissão de gases poluentes. Empresas também exploram alternativas sustentáveis, como a utilização de componentes de soja em colheitadeiras e a produção de espuma de colchão, que diminui a dependência de petróleo, um recurso escasso. A Fenasoja, que atrai milhares de visitantes, serve como um importante ponto de encontro para discutir essas inovações e o impacto da soja no desenvolvimento econômico e ambiental.
A feira também se destaca pela diversidade de aplicações culinárias do grão, com receitas como o “Sojatone”, uma versão de panetone que substitui a farinha de trigo e o leite de vaca por ingredientes derivados da soja. Além de ser um evento com forte apelo local, a Fenasoja movimenta milhões de reais e é organizada com o esforço de centenas de voluntários. O evento é uma celebração da força do agronegócio brasileiro, ressaltando o papel da soja na geração de emprego, inovação e no avanço sustentável da economia.