No terceiro trimestre de 2024 (3T24), as gigantes do setor educacional Cogna e Yduqs apresentaram desempenhos financeiros distintos, ambos com sinais de recuperação, mas com resultados opostos. A Yduqs teve um expressivo crescimento no lucro líquido e na margem Ebitda, porém enfrentou dificuldades em expandir sua receita, especialmente no ensino a distância e na captação de alunos. Seu desempenho foi modesto, com uma queda de 19% nas matrículas de ensino digital, mas o segmento premium, impulsionado por cursos como os de medicina, foi um ponto positivo. A empresa se beneficiou de uma redução nas despesas com juros, mas a base de alunos ainda apresenta desafios para garantir um crescimento sustentável.
Por outro lado, a Cogna teve uma recuperação significativa, revertendo prejuízos do ano anterior e apresentando um lucro líquido ajustado de R$ 32,8 milhões, após registrar um prejuízo de R$ 44,1 milhões no 3T23. A empresa também viu um aumento no Ebitda, impulsionado pelo crescimento das operações de ensino a distância e pelo bom desempenho do segmento KrotonMed. No entanto, as divisões Saber e Vasta sofreram resultados fracos, impactando o desempenho consolidado da companhia. A análise dos especialistas sugere que a Kroton foi crucial para o desempenho positivo, destacando-se pela expansão das margens e a redução da dívida.
As perspectivas para o setor educacional em 2025 são mistas. Para a Yduqs, o crescimento depende de uma base mais sólida de alunos e uma recuperação nas matrículas e nos preços médios. Já a Cogna mostra um caminho de recuperação mais robusto, mas também precisa lidar com os desafios das suas divisões mais frágeis. A análise de concorrência também sugere que empresas como a Cogna e a Ânima apresentam maior atratividade no momento, em comparação com a Yduqs, que ainda enfrenta limitações em termos de crescimento sustentado e aumento de matrícula.