O presidente chinês, Xi Jinping, afirmou que a relação entre os Estados Unidos e a China permaneceria estável após a eleição de Donald Trump, destacando o desejo de Pequim de manter um relacionamento saudável e sustentável com Washington. Durante um encontro com o presidente americano, Joe Biden, à margem de uma cúpula no Peru, Xi expressou a intenção de cooperar com a nova administração dos EUA, mantendo a comunicação aberta e trabalhando para administrar as diferenças entre os dois países. A reunião ocorre em um contexto de tensões comerciais e geopolíticas, com a China se preparando para mudanças nas políticas externas americanas após a vitória de Trump.
Biden, por sua vez, elogiou a parceria de longa data com Xi e a importância de manter um canal de comunicação franco e direto para evitar mal-entendidos e possíveis confrontos. O presidente americano ressaltou que uma boa relação entre os EUA e a China é essencial não apenas para os dois países, mas para a estabilidade global, dada a interdependência econômica e política entre as duas potências. Apesar das diferenças, Biden e Xi se comprometeram a trabalhar juntos para garantir uma transição estável nas relações bilaterais.
A visita de Xi à América Latina também é um marco importante, com a China ampliando sua presença na região, buscando fortalecer laços comerciais, especialmente com o Peru e o Brasil. A crescente presença chinesa na América Latina gerou preocupações nos Estados Unidos, que temem a expansão de influência militar e de inteligência de Pequim em áreas estratégicas próximas ao território americano. No entanto, as autoridades chinesas rejeitam essas alegações, considerando-as infundadas. A China também está buscando novos acordos comerciais com os países latino-americanos, com foco em recursos naturais e commodities.
