A votação do impeachment de Augusto Melo, presidente do Corinthians, foi adiada pelo Conselho Deliberativo do clube devido a questões de segurança no Parque São Jorge. O pleito, que estava marcado para ocorrer nesta quinta-feira, foi reagendado para segunda-feira após uma reunião do presidente do Conselho Deliberativo, Romeu Tuma Júnior, com autoridades de segurança. Tuma Júnior informou que a segurança do local não poderia ser garantida adequadamente, citando ameaças recebidas nas redes sociais e episódios de intimidação, como pichações e cartazes, nas dependências do clube.
A decisão de adiar a votação também foi influenciada por um pedido da principal torcida organizada do clube, a Gaviões da Fiel, que buscava priorizar a segurança e o bem-estar dos conselheiros e associados, além de preservar o ambiente de apoio ao time até o final do Campeonato Brasileiro. Inicialmente, o pedido de adiamento não havia sido aceito, mas as circunstâncias de segurança fizeram com que a data fosse alterada.
O impeachment de Augusto Melo foi solicitado após críticas à sua gestão, especialmente em relação à profissionalização do clube e à renegociação de contratos. Melo, por sua vez, refuta a acusação, alegando que o pedido de impeachment é uma tentativa de golpe por parte de setores insatisfeitos com as mudanças implementadas. A questão também foi analisada pelo Conselho de Orientação (Cori), que recomendou o afastamento do presidente, uma recomendação que, segundo Melo, não teria base legal.