Ribeirão Preto, cidade no interior de São Paulo, sediou as finais da Superliga Estadual de Vôlei Adaptado, que contou com a participação de mais de 3,5 mil atletas de 80 cidades. A competição é voltada para pessoas acima dos 40 anos e se caracteriza por suas regras adaptadas, que visam proporcionar uma experiência mais segura e inclusiva para a terceira idade. Além de oferecer uma oportunidade de socialização, o esporte exige raciocínio rápido e bom reflexo dos participantes, o que torna as partidas intensas e competitivas.
O vôlei adaptado, com uma confederação própria no Brasil (CBVA), apresenta semelhanças com o vôlei convencional, mas com modificações que visam respeitar as limitações físicas dos jogadores. Entre as mudanças estão a proibição de saltos durante algumas jogadas, o uso do saque por baixo e a possibilidade de a bola tocar o chão antes de ser recebida. As regras também permitem maior flexibilidade no domínio da bola, como o uso das duas mãos para recepção e a possibilidade de “pipocar” a bola durante o jogo.
Apesar da competitividade, o esporte promove um forte senso de amizade e apoio entre os atletas, com muitos destacando os benefícios sociais e emocionais do vôlei adaptado. Para os jogadores, as partidas são uma forma de manter a mobilidade, combater a depressão e melhorar a qualidade de vida, além de proporcionar uma rede de apoio entre as equipes. O evento não só celebra a prática esportiva, mas também a importância da interação social para a saúde mental e o bem-estar na terceira idade.