A vitória de Donald Trump nas eleições dos Estados Unidos foi amplamente celebrada em Israel, com muitos israelenses esperando que seu retorno à presidência traga mais estabilidade na região, especialmente no enfrentamento do Irã e na busca por acordos com países árabes. O ex-presidente é visto como um aliado forte de Israel, especialmente por suas decisões durante seu primeiro mandato, como o reconhecimento de Jerusalém como capital israelense e sua oposição ao acordo nuclear com o Irã. Contudo, sua postura sobre questões como os assentamentos israelenses na Cisjordânia e a guerra em Gaza geram incertezas sobre como ele lidará com os desafios atuais no Oriente Médio.
Enquanto o otimismo predomina entre parte da população israelense, a situação é mais complexa na Palestina, onde a expectativa é de que Trump possa acelerar o fim da guerra em Gaza. Muitos palestinos, especialmente os deslocados pelo conflito, veem nele uma figura capaz de tomar decisões rápidas, embora com um grande ceticismo em relação ao real impacto de suas políticas. Para alguns, a esperança é que um possível segundo mandato de Trump leve a uma resolução mais decisiva para o conflito, mas outros acreditam que sua imprevisibilidade pode piorar ainda mais a situação.
A relação entre Israel e os Estados Unidos, especialmente com a administração de Trump, pode sofrer ajustes em um possível segundo mandato, conforme as dinâmicas regionais mudam. Líderes israelenses, como o ex-embaixador Michael Oren, acreditam que uma cooperação com Trump pode resultar em grandes conquistas, como a formalização de um acordo de paz com a Arábia Saudita. No entanto, tanto a política interna de Israel quanto os desafios externos, como a crescente influência iraniana, podem complicar a execução de tais metas. As perspectivas para o futuro, portanto, continuam divididas, e muitos questionam se o retorno de Trump será, de fato, um fator de estabilidade ou de maior incerteza na região.