A poucos dias da chegada de Joe Biden a Manaus, a cidade segue com sua rotina cotidiana, sem grandes expectativas para a visita do presidente dos Estados Unidos. Pela primeira vez, um chefe de Estado norte-americano visitará Manaus, mas muitos moradores, como o motorista Renato Giovanino, não demonstram entusiasmo. A visita, que busca reforçar a colaboração bilateral nas questões climáticas entre Brasil e Estados Unidos, não parece animar a população local, que já está acostumada com promessas e declarações sobre a Amazônia e suas questões ambientais.
O principal objetivo da visita de Biden é consolidar a agenda climática entre os dois países, com destaque para a preservação da Floresta Amazônica. Durante sua passagem por Manaus, o presidente dos EUA deve realizar um sobrevoo na floresta e visitar o Museu da Amazônia (Musa), onde terá contato com autoridades locais, como o governador do Amazonas, Wilson Lima. Espera-se que, em seu pronunciamento, Biden anuncie novos investimentos em ações de conservação florestal, mas a receptividade dos manauaras à visita ainda é incerta, com poucos sinais de entusiasmo.
A visita de Biden a Manaus marca um feito inédito nas relações diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos, celebrando 200 anos de vínculo entre os dois países. No entanto, apesar da importância histórica do evento, muitos locais demonstram ceticismo sobre os reais impactos da visita, especialmente após o longo histórico de discursos sobre a Amazônia que não se traduziram em mudanças significativas. A expectativa é de que a visita tenha um impacto simbólico, sem grandes transformações imediatas para a região ou seus habitantes.