Moradores do Itanhangá, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, relataram um aumento alarmante na criminalidade, com 242 denúncias feitas entre janeiro e outubro deste ano. A maioria das queixas se refere a grupos de traficantes, especialmente no Morro do Banco, enquanto a milícia também é mencionada em diversas denúncias, principalmente em Rio das Pedras. A disputa por controle territorial entre esses grupos tem gerado um ambiente de medo e insegurança, exacerbando a sensação de vulnerabilidade entre os residentes.
As denúncias incluem extorsões e o uso de métodos coercitivos para manter o domínio sobre a população local. Em Muzema, por exemplo, traficantes exigem que os moradores apresentem documentos de propriedade de seus imóveis em um local distante, ameaçando expulsar aqueles que não podem comprovar a posse. Além disso, aqueles que permanecem são forçados a pagar taxas mensais, apresentando um cenário de opressão e controle que se intensifica à medida que a violência se agrava.
Apesar da presença ostensiva da polícia e promessas de um plano de ação para combater a criminalidade na região, os moradores ainda se sentem desamparados e sem resposta eficaz às suas queixas. A combinação de extorsão, ameaças e confrontos armados entre traficantes e milicianos deixa a população em um estado de constante apreensão, refletindo a complexidade do problema da segurança pública na área.