A figura da Santa Muerte, frequentemente associada a grupos marginalizados e à criminalidade no México, é central em um culto popular que atrai seguidores em busca de proteção e auxílio em suas vidas difíceis. Recentemente, um ataque violento em León, Guanajuato, resultou na morte de uma líder do culto e em ferimentos para outras oito pessoas, incluindo crianças. O incidente ocorreu enquanto os fiéis se preparavam para as celebrações anuais em homenagem à Santa Muerte, que coincidem com o Dia dos Mortos.
Embora a Santa Muerte não seja reconhecida pela Igreja Católica, sua imagem, geralmente retratada como um esqueleto feminino, é venerada por aqueles que buscam assistência em diversas situações, como questões amorosas, empregos e até mesmo no tráfico de drogas. As celebrações, embora muitas vezes associadas a atividades ilícitas, tendem a ser eventos de confraternização, com participantes compartilhando presentes e acolhendo uns aos outros de forma calorosa.
Guanajuato tem enfrentado altos índices de violência, atribuídos a disputas entre cartéis de drogas. Líderes religiosos criticam a relação entre a adoração à Santa Muerte e a criminalidade, alertando para os perigos que essa associação representa. O recente ataque reforça a complexa dinâmica entre fé, cultura e violência no contexto mexicano, destacando a vulnerabilidade dos envolvidos em práticas associadas à figura da Santa Morte.