Em uma reunião extraordinária na Câmara Municipal de São Paulo, vereadores discutiram a administração dos cemitérios municipais, com foco em unidades sob concessão do Grupo Maya. Durante o encontro, denúncias apontaram falhas nos serviços, como o desaparecimento de restos mortais, cobranças de valores acima da tabela, e problemas na manutenção dos cemitérios. O diretor-presidente do Grupo Maya, responsável por cemitérios como Campo Grande, Lageado e Saudade, afirmou que a empresa tem cumprido as obrigações contratuais, embora os vereadores questionassem a transparência e a qualidade dos serviços prestados.
Um dos casos mais graves mencionados foi a perda de restos mortais após exumações realizadas no Cemitério da Saudade, com famílias buscando explicações sobre o desaparecimento de corpos. Embora a empresa tenha se comprometido a investigar os casos, a falta de uma solução imediata gerou insatisfação entre os parlamentares. Além disso, a empresa enfrentou críticas por supostas irregularidades nos preços cobrados pelos serviços funerários, embora o Grupo Maya tenha negado essas alegações. A gestão dos cemitérios é fiscalizada pela SP Regula, que registrou múltiplas infrações e aplicou algumas multas.
Em relação à qualidade dos serviços, o diretor-presidente do Grupo Maya avaliou o trabalho da concessionária como “regular”, apontando que muitos cemitérios estavam em condições precárias antes da concessão e que os investimentos ainda estão em andamento. O cumprimento do contrato, que deve ser finalizado até 2027, foi destacado como uma prioridade para a empresa. O diretor da SP Regula também classificou a situação dos cemitérios municipais como “regular”, com várias notificações e multas já aplicadas. As discussões levantaram questões sobre a eficácia das fiscalizações e a satisfação das famílias que utilizam esses serviços.