A Verde Asset Management, uma das principais gestoras de recursos do Brasil, recentemente adotou uma posição estratégica em Bitcoin, motivada pela revalorização da criptomoeda após a eleição de Donald Trump. Antes da votação de 5 de novembro, a Verde construiu uma pequena participação no ativo digital, posicionando-se também contra o yuan chinês, em resposta a expectativas de um Congresso norte-americano mais favorável às criptomoedas. Desde o início do mês, o Bitcoin experimentou um aumento significativo de mais de 25%, enquanto o yuan registrou uma desvalorização de quase 2%.
A Verde observa o cenário econômico doméstico com cautela, destacando a complexidade em torno das promessas de reformas fiscais do governo brasileiro e as pressões inflacionárias, que podem forçar o Banco Central a acelerar a elevação da taxa de juros. Em relação a outras apostas, a gestora mantém uma posição neutra nas ações brasileiras e revisou para baixo suas expectativas para o petróleo, enquanto continua otimista quanto à rupia indiana e cética em relação ao euro.
O fundo principal da Verde registrou uma leve queda de 0,18% em outubro, contrastando com o ganho de 0,93% do CDI no mesmo período, embora ainda esteja superando a média dos fundos multimercados da Anbima no acumulado do ano. Atualmente, a Verde administra cerca de R$ 19 bilhões, uma ligeira redução em comparação ao mês anterior.