O governo da Venezuela manifestou disposição para restabelecer relações diplomáticas com os Estados Unidos após a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais. Em comunicado, o chanceler Yván Gil ressaltou que o país está aberto a um diálogo respeitoso e sensato com Washington. Essa postura marca uma reviravolta, considerando que as relações entre os dois países foram rompidas no primeiro mandato de Trump devido a sanções econômicas e pressões sobre o governo venezuelano.
A oposição venezuelana, representada por figuras como María Corina Machado e Edmundo González, também celebrou a vitória de Trump, destacando a importância de manter uma aliança confiável com o novo governo americano. González, que se autodenomina “presidente eleito” da Venezuela após contestar as eleições recentes, reforçou o compromisso de trabalhar ao lado dos Estados Unidos em prol de mudanças no país, caso consiga substituir Nicolás Maduro no poder. Durante o primeiro mandato de Trump, o governo americano apoiou lideranças da oposição venezuelana, buscando fortalecer movimentos democráticos na América Latina.
O atual governo dos Estados Unidos, sob a administração de Joe Biden, não reconheceu formalmente González como presidente, mas indicou que há evidências de que ele venceu a eleição, conforme declarou o secretário de Estado Antony Blinken. A posição de Biden reflete a complexa situação política na Venezuela, onde questões de legitimidade e transparência eleitoral continuam em pauta, com destaque para o impacto das sanções e o apoio americano à oposição.