O grupo de direitos humanos Foro Penal informou que ao menos 60 pessoas detidas durante os protestos contra as disputadas eleições presidenciais de julho na Venezuela foram libertadas. As libertações ocorreram desde a madrugada de sábado e incluem prisioneiros de diferentes unidades, como a prisão de Yare III e a penitenciária feminina de Las Crisalidas. O diretor do Foro Penal, Alfredo Romero, divulgou que também houve a liberação de 50 jovens da prisão de Tocoron, em um processo que deverá se expandir ao longo do dia.
De acordo com o Foro Penal, cerca de 1.800 pessoas foram presas após as eleições de 28 de julho, que resultaram na continuidade de Nicolás Maduro no poder, apesar de contestação por parte da oposição e da comunidade internacional. A eleição gerou manifestações, algumas delas violentas, com grupos de direitos humanos e sindicatos denunciando uma repressão governamental contra a dissidência. A libertação dos presos ocorre em meio a tensões políticas e a um cenário de crescente pressão sobre o governo venezuelano.
A promotoria e o Ministério das Comunicações não se manifestaram sobre as liberações até o momento. O governo de Maduro, que assumirá seu próximo mandato de seis anos em janeiro, tem enfrentado críticas internas e externas pela gestão das eleições e pela resposta violenta aos protestos. A expectativa é que o número de pessoas libertadas aumente conforme a sequência das ações do Foro Penal e outras organizações de direitos humanos.