O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou que o Tribunal Supremo de Justiça convocará uma audiência com representantes do TikTok, após a morte de três adolescentes que participaram de desafios perigosos divulgados pela plataforma. Maduro havia dado um ultimato de 72 horas para que o TikTok removesse os conteúdos prejudiciais, afirmando que a plataforma agora responde oficialmente ao governo venezuelano. A Justiça local iniciou um processo relacionado às mortes, e as autoridades de comunicação do país estão em diálogo com a empresa.
Maduro também mencionou a possibilidade de bloquear o TikTok no país, além de fazer um apelo aos pais para que orientem os filhos sobre os riscos das redes sociais. Esse movimento ocorre no contexto de uma crescente pressão internacional sobre o TikTok, que enfrenta acusações em diversos países, como Brasil, Canadá e Estados Unidos, sobre questões de segurança e espionagem, devido à sua origem na China. A plataforma, por sua vez, refuta tais acusações.
Em paralelo, o governo venezuelano já havia bloqueado outras redes sociais, como o X (antigo Twitter), acusando a plataforma de fomentar desestabilização política, e convocou um boicote ao WhatsApp, criticando o impacto dessas ferramentas na sociedade. As autoridades estão atualmente discutindo projetos de lei no Parlamento para aumentar o controle sobre as redes sociais, que se alinham com a agenda de regulação do governo.