Em setembro de 2023, as vendas do varejo no Brasil alcançaram um nível 9,3% superior ao registrado em fevereiro de 2020, antes do início da pandemia. No varejo ampliado, que considera atividades como veículos, material de construção e o atacado alimentício, o crescimento foi de 7,3% em comparação ao período pré-pandêmico. Esses dados, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam para uma recuperação significativa do setor, especialmente em segmentos específicos que apresentam resultados ainda mais expressivos.
Os setores de artigos farmacêuticos, supermercados, veículos, material de construção e combustíveis estão operando acima dos níveis pré-crise. O destaque vai para o segmento de artigos farmacêuticos, que registrou um crescimento de 49,9% em relação ao patamar de fevereiro de 2020. Supermercados e veículos também demonstram alta resiliência, com aumentos de 12% e 18%, respectivamente. Já o setor de material de construção teve um crescimento de 10%, enquanto combustíveis e lubrificantes subiram 7%.
Por outro lado, alguns setores ainda não recuperaram totalmente suas vendas ao nível pré-pandemia. Os segmentos de móveis e eletrodomésticos registraram queda de 11,6%, enquanto artigos de uso pessoal e doméstico ficaram 6,8% abaixo do patamar de 2020. O setor de equipamentos de informática e comunicação também teve retração, com vendas 13,9% abaixo do pré-pandemia. Tecidos, vestuário e calçados caíram 19,7%, e o setor de livros e papelaria sofreu uma diminuição significativa de 46,8%, indicando dificuldades específicas em algumas áreas do varejo brasileiro.