As vendas de títulos públicos a pessoas físicas, por meio do Tesouro Direto, totalizaram R$ 6,77 bilhões em setembro, o terceiro maior valor mensal desde a criação do programa em 2002. Embora tenha ocorrido uma queda de 15,5% em relação ao mês de agosto, o volume registrado foi 111,7% superior ao de setembro do ano passado. A principal razão para o alto volume de vendas foi o vencimento de títulos atrelados à Taxa Selic, que impulsionaram a troca por papéis novos, somando R$ 5,3 bilhões em resgates.
Os títulos mais procurados pelos investidores em setembro foram os vinculados à Selic, que representaram 57,1% das vendas, seguidos pelos papéis corrigidos pela inflação, com 30%. O alto interesse por esses papéis se deve à expectativa de novas elevações na taxa de juros e ao aumento da inflação nos próximos meses. Apesar de uma redução nas vendas em relação ao mês anterior, o total de investidores ativos no programa cresceu 10,9% em um ano, atingindo mais de 2,6 milhões de pessoas.
O Tesouro Direto, criado em 2002, continua sendo uma das principais alternativas de captação de recursos para o governo brasileiro, permitindo que investidores pessoas físicas adquiram títulos públicos diretamente pela internet. Em setembro, o estoque total de títulos no Tesouro Direto atingiu R$ 143,12 bilhões, o que representa um crescimento de 16% em relação ao ano passado. A grande maioria das transações foi feita por pequenos investidores, com 79,2% das vendas sendo de valores de até R$ 5 mil.