O Papa Francisco solicitou ao Vaticano que analise a possibilidade de classificar o abuso espiritual como um novo crime dentro da Igreja Católica. A medida visa enfrentar situações em que líderes religiosos podem usar experiências místicas ou espirituais para manipular ou prejudicar outras pessoas. A proposta, ainda em estudo, reflete uma crescente preocupação com o uso indevido de autoridade espiritual para controle ou abuso, especialmente em contextos onde a moralidade e o respeito aos fiéis são comprometidos.
O cardeal Víctor Fernández, chefe da Congregação para a Doutrina da Fé, se reuniu com o Papa Francisco em 22 de novembro para discutir o tema, e foi orientado a colaborar com outros departamentos do Vaticano para avaliar a questão de forma mais aprofundada. Embora o Vaticano não tenha citado casos específicos no anúncio, já existem registros de situações envolvendo acusações de abuso espiritual dentro da Igreja, algumas das quais geraram grande repercussão.
Recentemente, a Igreja Católica também passou a revisar e atualizar suas diretrizes sobre eventos sobrenaturais, considerando moralmente grave qualquer prática que envolva manipulação através de alegações de experiências místicas. Casos notórios de abuso espiritual têm levado a uma reflexão mais profunda sobre a necessidade de mecanismos claros para proteger os fiéis e garantir que a autoridade religiosa seja usada de forma ética e responsável.