O uso massivo de tecnologias e redes sociais é uma realidade entre os adolescentes, com dados que mostram alta penetração da Internet e dos dispositivos móveis, como no caso de Portugal, onde 94,9% dos jovens entre 10 e 15 anos utilizaram a Internet recentemente. O envolvimento com redes sociais também é expressivo, com muitos adolescentes registrados em múltiplas plataformas. No entanto, o crescente uso dessas ferramentas levanta preocupações sobre o que é considerado um uso problemático ou excessivo, que pode prejudicar tanto as relações interpessoais quanto o bem-estar emocional. Para muitos pesquisadores, é mais adequado falar em “uso problemático” em vez de “dependência”, uma vez que o termo “dependência” é muitas vezes associado a substâncias e não reflete completamente os aspectos psicológicos e sociais do comportamento.
O uso problemático de redes sociais pode resultar em consequências negativas, como o distanciamento de atividades e relações importantes, além da sensação de perda de controle sobre a própria vida. Estima-se que entre 2,9% a 33% dos adolescentes apresentam algum grau de uso problemático da Internet, com variações dependendo do método de avaliação e da definição utilizada. Apesar de a realidade ser complexa e variar de acordo com os contextos, o importante é reconhecer que o uso excessivo pode impactar negativamente a saúde mental e o desenvolvimento social dos jovens. Esse cenário exige uma abordagem cuidadosa para ajudar os adolescentes a navegar pelo mundo digital de forma equilibrada.
Para combater os efeitos negativos do uso excessivo das redes sociais, é essencial que tanto as famílias quanto os próprios adolescentes adotem estratégias que promovam o uso saudável e responsável da tecnologia. Entre as sugestões estão a educação digital, o monitoramento consciente por parte dos pais e o estabelecimento de contratos claros sobre o tempo de uso e comportamentos online. Os adolescentes também devem ser incentivados a desenvolver habilidades para reconhecer sinais de uso problemático e para cultivar relacionamentos saudáveis, tanto online quanto offline. O objetivo é garantir que as redes sociais cumpram sua função de facilitar a comunicação e a interação, sem prejudicar o bem-estar dos jovens.