A proibição do uso de celulares nas escolas tem se expandido globalmente, com quase 25% dos países adotando restrições para reduzir as distrações no ambiente educacional. Diversas nações europeias lideram esse movimento, como Itália, Alemanha e França, onde as restrições começaram em etapas e se intensificaram ao longo do tempo. Na Itália, por exemplo, o governo baniu completamente os celulares em 2024, após uma década de regulamentação restritiva. Já na França, a medida que proíbe celulares nas escolas públicas para alunos até 15 anos está em vigor desde 2018, com planos de reforçar ainda mais a medida em 2025. A Alemanha permite que cada escola decida sua política, mas regiões como a Baviera adotaram a proibição desde 2006.
Estudos realizados em países como a Inglaterra têm mostrado resultados positivos da proibição. Uma pesquisa revelou que, após três meses sem o uso de celulares, 20% dos alunos relataram uma queda significativa na distração e uma melhora nas interações sociais. Educadores destacam que, ao limitar o uso de aparelhos eletrônicos, os alunos conseguem se concentrar mais nas aulas e interagir de forma mais produtiva. Esse movimento também é observado em outras regiões, como na cidade finlandesa de Riihimäki, que decidiu voltar ao uso de métodos tradicionais de ensino, como livros e cadernos, para melhorar o foco dos estudantes, preocupados com o impacto dos dispositivos digitais na aprendizagem.
Especialistas, como a pesquisadora Miriam Rahali, argumentam que, embora a proibição de celulares seja uma medida válida para reduzir as distrações, ela deve ser acompanhada de um plano de alfabetização digital. Isso permitiria que os alunos aprendessem a usar a tecnologia de maneira equilibrada e saudável. Além disso, a Comissão Europeia, liderada por Ursula von der Leyen, promete criar uma política unificada sobre o tema nos próximos anos, indicando uma tendência de regulação mais abrangente na União Europeia. O debate sobre o impacto dos celulares no aprendizado continua, mas a tendência global é buscar um equilíbrio entre o uso da tecnologia e a necessidade de manter a concentração nas atividades escolares.