Os uruguaios vão às urnas neste domingo (24) para decidir o próximo presidente do país em um segundo turno marcado por uma disputa apertada entre Yamandú Orsi, de centro-esquerda, e Álvaro Delgado, de centro-direita. A diferença entre os candidatos, segundo pesquisas, é de apenas 25 mil votos, destacando a importância do apoio dos eleitores que votaram em candidatos eliminados no primeiro turno. Orsi, com 43,7% dos votos na primeira rodada, e Delgado, com 26,9%, representam diferentes visões para o futuro do país, mas compartilham o compromisso de manter a estabilidade econômica.
Com um sistema eleitoral baseado no voto obrigatório e em cédulas de papel, a eleição no Uruguai se diferencia por um cenário de estabilidade política e econômica, contrariando as divisões vistas em outros países. O país enfrenta desafios como altos custos de vida, desigualdade e crimes violentos, mas conta com indicadores positivos como inflação em queda, aumento do emprego e crescimento dos salários reais. A expectativa é que os primeiros resultados significativos sejam divulgados pela Corte Eleitoral por volta das 23h, salvo uma diferença extremamente estreita entre os candidatos.
Yamandú Orsi, ex-prefeito de Canelones e integrante da Frente Ampla, busca promover o crescimento econômico sem grandes mudanças ou aumento de impostos, enquanto Álvaro Delgado, do Partido Nacional e ex-secretário presidencial, defende a continuidade das políticas comerciais do atual governo e o fortalecimento do combate ao crime organizado. A decisão desta eleição pode definir a trajetória do Uruguai nos próximos anos, mantendo o equilíbrio entre progresso econômico e as demandas da população.