Cerca de 2,7 milhões de cidadãos uruguaios estão sendo convocados para o segundo turno das eleições presidenciais neste domingo, em uma disputa entre Yamandú Orsi, da Frente Ampla, e Álvaro Delgado, do Partido Nacional. A transição ocorre com tranquilidade, reforçando a imagem do Uruguai como uma democracia sólida e madura. Orsi, representando uma agenda econômica de redistribuição de renda e fortalecimento de setores estratégicos, apresenta-se como defensor de uma esquerda moderna. Já Delgado busca continuidade administrativa, propondo eficiência estatal e reformas, como a da Previdência, que geram debate público.
Orsi chega ao segundo turno com vantagem inicial, sustentada pela ampla votação no primeiro turno e pela maioria da Frente Ampla no Senado, o que fortalece seu discurso de governabilidade. Seu plano dá ênfase a melhorias salariais e incentivos às pequenas empresas, setores vitais como agricultura e turismo, com foco no desenvolvimento nacional. Delgado, por sua vez, aposta na popularidade do atual governo e no respaldo ao Partido Nacional, defendendo a continuidade de políticas de controle fiscal e eficiência administrativa.
A disputa, no entanto, permanece aberta. A vantagem inicial da Frente Ampla pode ser reduzida pela migração de votos do Partido Colorado, terceiro colocado no primeiro turno, em favor do Partido Nacional. Além disso, a indecisão de cerca de 10% dos eleitores representa um fator determinante, tornando o desfecho incerto e acirrando as expectativas para este momento crucial na política uruguaia.