Quase 3 milhões de eleitores uruguaios estão aptos a votar neste domingo (24) no segundo turno das eleições presidenciais, marcado pela disputa entre Yamandú Orsi, da esquerda, e Álvaro Delgado, da direita. As pesquisas mostram um empate técnico, refletindo a divisão do país. Orsi, apoiado pelo ex-presidente José Mujica, obteve 46,1% dos votos no primeiro turno, enquanto Delgado, aliado do atual presidente Luis Lacalle Pou, conquistou 28,2%.
Orsi, de 57 anos, promete renovação com base no diálogo e continuidade nas políticas de inclusão social e ambiental. Já Delgado, de 55 anos, busca consolidar os avanços do governo atual, com foco em segurança e economia, apelando especialmente aos eleitores rurais. Ambos enfrentam um cenário competitivo, em que a eleição pode ser decidida por uma margem estreita de votos, como já aconteceu em 2019.
O pleito destaca a estabilidade democrática no Uruguai, com expectativas de uma transição pacífica independentemente do resultado. Para Orsi e a Frente Ampla, a eleição representa a possibilidade de recuperar a presidência após a derrota em 2020. Delgado, por sua vez, almeja manter a direita no poder, capitalizando o apoio popular ao governo Lacalle Pou.