As eleições presidenciais nos Estados Unidos atingem um ponto crucial nesta terça-feira, 5 de novembro, com a abertura das urnas nos sete estados-pêndulo que desempenharão um papel decisivo na disputa entre os candidatos. Nevada foi o último estado a permitir o registro de votos, acompanhando Arizona, Geórgia, Michigan, Carolina do Norte, Pensilvânia e Wisconsin. A importância desses estados reside em sua imprevisibilidade, uma vez que não seguem uma tendência partidária clara, o que os torna fundamentais para o resultado das eleições.
Os estados-pêndulo são caracterizados por sua volatilidade nas escolhas eleitorais, com a capacidade de alternar entre candidatos de diferentes partidos em ciclos eleitorais consecutivos. Especialistas, como o professor Carlos Gustavo Poggio, destacam que essa dinâmica não é nova, pois estados como a Califórnia já foram considerados republicanos, enquanto atualmente Arizona e Geórgia, historicamente mais alinhados aos republicanos, tornaram-se cruciais para a vitória de candidatos democratas, como demonstrado nas eleições de 2020.
Fatores demográficos e as mudanças sociais influenciam fortemente a tendência de votação em tais estados. A professora Denilde Holzhacker observa que as transformações na população, como as ocorridas no Arizona e na Flórida, impactam diretamente a preferência dos eleitores, com variações nas origens étnicas e nas ideologias políticas. Este cenário dinâmico e em constante evolução é o que torna os estados-pêndulo tão importantes, pois a capacidade de se adaptar e mudar de posição pode determinar o vencedor das eleições.